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O Papel Arroz


Feitura de papel a mão no Japão

Hoje, como antigamente, fazer papel a mão, no Japão, é frequentemente realizado como uma fonte de renda fora da estação pelos pequenos fazendeiros que vivem em aldeias nas montanhas, onde há pouca terra para cultivo de arroz mas uma abundância de boa água limpa nos riachos. Quando o fim do ano chega e a colheita do arroz acaba, esses fazendeiros invariavelmente se ocupam com a feitura de papel. Em um certo sentido, o trabalho é hereditário, sendo desempenhado em uma pequena escala, em casa, pelos membros capazes de cada família. Os métodos empregados são antiquíssimos e têm sido passados através de gerações sucessivas com pequenas mudanças. A estação para fazer papel difere de acordo com as localidades nas quais ele é feito. Ela geralmente começa no fim de novembro ou início de dezembro e termina em abril ou maio do ano seguinte. Nesta época do ano os fazendeiros que fazem papel como trabalho paralelo encontram-se muito ocupados pois eles têm muito o que fazer no transplante de mudas de arroz e na criação de bicho-da-seda.



Matérias-primas para papel japonês

Seja feito a mão ou a máquina muitos papéis japoneses usam fibras vegetais como matéria-prima. Entre essas fibras o gampi, kozo e mitsumata constituem o trio principal de materiais. Papel de gampi é considerado nobre; o de kozo, forte; e o de mitsumata, delicado. Para fazer papel japonês é comum usar um material muscilaginoso vegetal que é comumente chamado neri. Há vários tipos de neri, o mais comum é o tororo, uma substância proveniente das raízes do crescimento do primeiro ano da planta tororo, que é um tipo de malvácea. A função do tororo é fazer com que as fibras flutuem uniformemente na água. Outra função é retardar a velocidade de drenagem resultando assim uma folha de papel melhor formada.